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Plantas carnívoras: Vênus papa-moscas, a assassina!


Plantas carnívoras são bem populares devido a fama de assassina. 
Estão presentes em filmes de ficção científica, jogos, desenhos animados, propagandas... São consideradas  os tubarões da flora!!!

Audrey II (Planta carnívora) devoradora de humanos no filme
Little Shop of Horrors

Vilão Zetsu do desenho Narutu
Há várias espécies de plantas carnívoras, porém a Vênus papa-moscas (Dionaea muscipula, única espécie de Dionaea) é a responsável pela maior parte dessa fama. 


Vênus papa-moscas

Flor de Vênus papa-moscas

É ela com sua boca cheia de dentes que devoram criancinhas, moças loiras ou mesmo o Mario! Veja abaixo como as plantas piranhas do Mario são bem semelhantes com a Vênus papa-moscas.


Vênus papa-moscas (acima) e plantas carnívoras, as famosas
plantas piranhas, do jogo de viodegame MarioBros (abaixo).

Na realidade, estas bocas cheias de dentes da Vênus papa-moscas são lâminas foliares modificadas e usadas para capturar a pobre presa. Perai, não entendeu? 


Vamos com calma.

Sabe aquele caulinho da folha? Se chama pecíolo.
Sabe aquilo que você chama de folha? Se chama lâmina foliar.


Folha = Pecíolo + Lâmina


Comparando uma folha comum  com a folha da Vênus papa-moscas

Mas como a Vênus papa-moscas sabe, quando fechar a Lâmina?

É simples. Na lâmina foliar há pelos, quando o inseto  encosta nestes pelos, engatilha o fechamento da lâmina.


Pelos nas lâminas foliares da Vênus papa-moscas

Vênus papa-moscas em ação:


Qual é o motivo destas plantas capturarem bichinhos inofensivos?

Nas lâminas foliares há glândulas digestivas que secretam enzimas. Estas enzimas digerem o bicho liberando nutrientes para a planta. 

Em resumo, a Vênus papa-moscas não são dessas plantas que ficam esperando que o adubo caia do céu, ela vai e produz o próprio.

Cultivando pedras


Para alguns, este vaso da figura abaixo é um vaso de pedrasMas, se você olhar atentamente, observará que se trata de um belo vaso de plantas.

Belo vaso de pedras... ops, de plantas. 

Trata-se de plantas suculentas, anãs, nativas do sul do continente africano e pertencentes ao gênero Lithops

São bem peculiares ao se parecem com pedras, por isso são conhecidas popularmente por pedras vivas ou plantas pedras (do grego lithos=pedra e ops=forma). 

Esta característica não é à-toa, pois ajuda as plantas se "esconderem" entre as pedras, ajudando a enganar os famintos herbívoros.

Em destaque, plantas do gênero Lithops
(Fonte: http://www.lithops.info/)
Lithops possuem apenas duas folhas, quase não possuem caules, não precisam de muita água para viver (muitas vezes contando apenas com a umidade do ar) e, como pode ser observado na foto abaixo, diferem em cores. 

Diversidade de cores das plantas do gênero Lithops. 
(Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Lithops)

Como vimos, estas plantinhas são bem sucedidas em passar despercebidas, mas na época da reprodução em outono, elas se mostram e muito! Vejam que belas flores:

Flores de Lithops (Fonte: http://www.lithops.info/)

Alface, cenoura, batata... têm flores?


É uma pergunta intrigante para muitos, já que consumimos em nossas refeições essas folhas, raízes ou caule e raramente temos contato com suas singelas flores. Por que será?

É simples, muitas vezes, agricultores evitam que a planta floresça, pois há o desvio de reservas para formar as flores e frutos, consequentemente pode haver perdas de até 60% da matéria orgânica que nós usamos.

Então, vamos apreciar algumas dessas flores desconhecidas:


Alface (Lactuca sativa)

Cana-de-açúcar (Saccharum sp.)

Hortelã (Mentha spicata)

Coentro (Coriandrum sativum)

Cenoura (Daucus carota)

Batata (Solanum tuberosum)

Cebola (Allium cepa)


Mandioca (Manihot esculenta)

Rúcula (Eruca sativa)

*Para ver as fontes das imagens, clique nos nomes populares

Desafio biológico II: Descubra o que há em comum


Olhando as fotos dos vegetais abaixo, veja se você consegue adivinhar o que há em comum entre eles.

File:Cauliflower.JPG
Couve-flor


Repolhos

Ficheiro:Broccoli and cross section edit.jpg
Brócolis


Couve manteiga

Não conseguiu? Vou dá uma dica: O que há em comum nos vegetais acima e a mesma resposta para o que há em comum nos animais abaixo:




E ai descobriram? Vamos parar de enrolação e vamos a resposta:


Você deve ter percebido que os animais lá em cima são todos cachorros, certo? Então, são todos da mesma espécie. Da mesma forma que os vegetais lá em cima são a mesma planta: Brassica oleracea!

Muito de vocês podem até está duvidando que repolho e couve-flor são a mesma planta, mas tem uma explicação.

Vamos tentar entender:

Os seres humanos selecionam características que os convém nos animais e plantas. Se o que interessa de uma planta são as folhas, eles selecionaram sempre indivíduos com folhas vistosas e assim por diante.

Este processo (seleção artificial) ao longo de muitas gerações gera indivíduos muitos diferentes do original. Em alguns casos, entra em discussões, se ainda são da mesma espécie.

Vejam mais exemplos abaixo:

Variedades de milhos

Variedades de pimentas
Na imagem só há 5 diferentes plantas do gênero Capsicum
Importante destacar Capsicum annuum que inclui Pimentões e pimentas como jalapenho. 



Pimenta jalapenho (Verde) e pimentão (Vermelho)




E ai queridos leitores, entenderam? alguma dúvida? Comente abaixo...

Cientificamente, como as bruxas conseguiam voar?

Toda bruxa que se preze conhece muito bem mandrágora, beladona e meimendro.  Três ervas da família Solanaceae.

 Pintura: O círculo mágico de John William Waterhouse, 1886

A mandrágora (Mandragora officinarum) possui raízes que lembram formas humanas. Segundo a lenda, ao ser coletada gemia ruídos alucinantes. Alguns de vocês talvez se lembrem desta planta no filme ou livro: Harry Potter e a câmera secreta, onde os bruxinhos usavam um protetor no ouvido para coletá-la, porém na antiguidade a coleta era mais dramática, pois se amarrava um cão faminto na planta e este ao tentar fugir arrancava a raiz e caia morto.

Madragora officinarum 

À esquerda, forma de coleta atual e á direita, forma de coleta antiga de mandrágora

Já a beladona (Atropa belladonna), erva altamente tóxica, era muito popular entre as mulheres da época, pois dos frutos desta erva se fazia um suco, que era pingado nos olhos, deixando os dilatados; para os padrões da época, essa aparência deixava as mulheres mais belas.

Atropa belladonna

A outra erva, o meimendro (Hyoscyamus niger) era usado como anestésico ou analgésico ou até mesmo como veneno ou para proferir adivinhações.

Hyoscyamus niger

Essas três ervas eram os principais “ingredientes” da famosa “fórmula do voo”. Os óleos e pomadas (Unguentos) obtidos eram aplicados nas vassouras e na pele, principalmente nas mucosas. No ritual, montava-se na vassoura e a esfregava nas mucosas vaginal e anal. Neste momento, as bruxas voavam para o Sabá, encontro marcado à meia noite que envolvia orgias.


Sabbath 1669
Representação germânica de um Sabá (1669)

Não é à toa, que as poções de voo eram oleosas e esfregadas nas mucosas, pois hoje se sabe que estas três ervas são riquíssimas em alcaloides alucinógenos (principalmente escopolamina e atropina) que são pouco solúveis em água. Em contato com as mucosas vaginal e anal, principalmente ao esfregar a vassoura nestas regiões, estes alucinógenos eram muito bem absorvidos pelo organismo, pois trata-se de regiões bem vascularizadas. Incrivelmente, relatos modernos do uso destas mesmas substâncias descrevem a mesma sensação de voo e delírios, como se fossem reais.


Bruxas voando. Pictura: Capricho nº 68, Linda maestra de Francisco de Goya y Lucientes

Não é de se admirar, que as essas mulheres realmente acreditavam que foram para o Sabá e algumas antes de serem torturadas pela inquisição afirmavam claramente que voavam.
Gravura retratando uma bruxa na fogueira

Flores negras, você conhece alguma?


O que torna as flores apaixonantes são suas cores e delicadeza. Porém, no meio de ampla variedade de cores é incomum vermos flores negras. Abaixo apreciem uma seleção de belas flores negras.

1) Flores selecionadas artificialmente pelo homem ao longo de muitas gerações:

Amor-perfeito (Variedade: Black Jack) 

Íris (Variedade: Before the Storm)

Nemophila menziesii (Variedade: Penny Black)
(Fonte: Primeira foto e Segunda foto)


Tulipa (Variedade: Rainha da noite)


Alcea rosea (Variedade: nigra)

Petúnia (Variedade: Black Velvet)

Petúnia (Variedade: Phantom)


Jacinto (Variedade: Midnight Mystique)

Scabiosa atropurpurea (Variedade: Ace of spades)

Primula elatior (Variedade: Victoriana Gold Lace Black)

(Híbrida de 3 gêneros: Catasetums, Mormodes e Clowesia)

2) Flores selvagens:

Tacca chantrieri (Flor morcego) 
Endêmica da China, lembra um morcego e possui uns "bigodinhos" que podem atingir 71 cm! 

Maxillaria schunkeana
Famosa orquídea negra selvagem que ocorre na Mata Atlântica.



Asarum Maximum
Endêmica da China, usada como proposta medicinal contra  doenças respiratórias e cardíacas.

Lisianthius nigrescens (Flor da morte)

Encontrada na América Central, é conhecida como flor da morte, pois é comum ser plantada em cemitérios.

Depois de ver estas belas fotos, muitos de vocês devem está se perguntando: Será que essas flores são pretas?

Na realidade a maioria apresentada aqui são flores vermelhas, azuis ou roxas escuras, que dão este tom enegrecido. 
Para ser considerada da cor preta, a flor precisa absorver toda a luz da região do visível e do UV. 
Dentre as flores estudadas até hoje, apenas Lisianthius nigrescens absorve a luz quase por total na região do visível e do UV, por isso essa flor é considerada como a mais negra do mundo ou mais próxima do que seja realmente a cor preta

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