No meio dos prédios, asfalto, carros e mais carros, a cidade grande conta com uma pequena flora nas calçadas. Esta flora resistente são geralmente ervas daninhas de ciclo de vida anual e algumas são plantas medicinais que nos acompanham.
Esta flora pode passar despercebida, porém é ela, que nós seres urbanos temos contato desde crianças. Lembro-me, quando comecei a estudar botânica na escola, eu não queria conhecer aqueles ciclos de vida chatos, mas esperava saber os nomes das plantinhas que eu usava para brincar de casinha.
Como sei que muitos têm a mesma curiosidade que eu, vou falar aqui sobre algumas plantinhas que conheço e vivem nas calçadas.
1) Tradescantia pallida
Esta planta nativa do méxico é conhecida popularmente como coração-roxo. O que mais chama atenção, são suas folhas roxas e sua singela flor rosa.
Tradescantia pallida
Flor de Tradescantia pallida
Esta planta, além de embelezar as calçadas, elas ajudam no controle da qualidade do ar (biomonitoramento), pois é muito resistente a poluição e seu DNA registra os poluentes e as mudanças ao longo do tempo.
2) Polygonum capitatum
Também conhecida como tapete-inglês, é nativa da índia e China, porém se dispersou para América, Europa e Austrália, devido a ser muito utilizada como planta ornamental.
Polygonum capitatum
Flores de Polygonum capitatum
3) Coronopus didymus e 4) Chenopodium ambrosioides
Entre as diferentes regiões do Brasil, ambas espécies podem ser conhecidas como mentruz ou erva-de-Santa-Maria. Apesar da confusão com os nomes, são plantas bem distintas:
Chenopodium ambrosioides
Coronopus didymus
Enquanto, o C. ambrosioides (nativa do México) possui um caule ereto, que atinge 1,10m de comprimento, C. didymus (nativa da América do Sul) possui um caule prostado ou semi-ereto que atinge 0,50m.
Ambas plantas são utilizadas na alimentação e são medicinais (Leia mais na bibliografia).
5) Emilia sp.
São conhecidas como serralhinhas ou flor-pincel. Nativas da Ásia, Polinésia e América; as mais comuns no Brasil são a Emilia sonchifolia e Emilia fosbergii.
Emilia sonchifolia
Emilia fosbergii
Apesar de possuirem alcalóide pirrolizidínico (altamente danoso a saúde), algumas espécies de serralhinhas são medicinais e consumidas em saladas.
http://www.gardensandplants.com/uk/plant.aspx?plant_id=3318 (Fotos de Tradescantia pallida)
http://www.jardimdeflores.com.br/CURIOSIDADES/A29plantaepoluicao.htm (Biomonitoramento de Tradescantia pallida)
http://www.agreengardening.com/plants/polygonium-capitatum.asp (Polygonum capitatum)
http://www.scielo.br/pdf/rbfar/v1n2/a04v1n2.pdf (Diferenças entre Chenopodium ambrosioides e Coronopus didymus)
https://sites.google.com/site/florasbs/chenopodiaceae/erva-de-santa-maria (Veja a propriedades medicinais de Chenopodium ambrosioide)
https://sites.google.com/site/florasbs/brassicaceae/mentruz (Veja a propriedades medicinais de Coronopus didymus)
http://www.botany.hawaii.edu/faculty/carr/senecioneae.htm (Fotos das Emilias)
http://pt.wikipedia.org/wiki/Serralhinha (Emilia sp.)
http://www.botany.hawaii.edu/faculty/carr/senecioneae.htm (Fotos das Emilias)
http://pt.wikipedia.org/wiki/Serralhinha (Emilia sp.)