Fungos bioluminescentes



Muitos cogumelos emitem luz, mas o que fazem esses fungos brilharem ou o porquê, ainda é um mistério. 



Sabe-se que a luz é sempre emitida, desde que haja oxigênio e água disponíveis.


Alguns cientistas acreditam que essa luz é produzida da mesma forma que os vaga-lumes, através da reação química entre oxigênio, água e luciferina tendo como catalizador a enzima luciferaseporém luciferase e luciferina ainda não foram identificadas nos fungos.

O vaga-lume Photinus pyralis

Apesar de não haver provas concretas sobre a função do brilho nos fungos, há algumas hipóteses:

- Alertar os predadores, como se o fungo mandasse um aviso: Não se aproxime, sou perigoso! (função aposemática).
- Atrair insetos que ajudam na dispersão dos esporos.
- Atrair predadores que predam inimigos do fungo.
Porém, há uma hipótese que sugere que o brilho seja subproduto de reações químicas sugerindo nenhuma função de valor ecológico.


No mundo há descritas 71 espécies de fungos que brilham. No Brasil, até 2002 só havia uma espécie descrita, hoje já são 12!

A primeira espécie descrita foi em 1840 pelo famoso botânico George Gardner, que ficou interessado pelo objeto brilhante que as crianças da Vila da Natividade (Goiás) brincavam. Desde então, não havia mais relatos científicos sobre esta espécie.

Recentemente, a espécie foi redescoberta para a ciências e reclassificada de Agaricus gardneri para Neonothopanus gardneri, conhecida popularmente como "Flor de coco", pois ela cresce nas folhas mortas da palmeira anã, Pindoba.


Neonothopanus gardneri 

O curioso sobre esta espécie é que ela brilha muito! Há outras espécies que brilham mais, porém são pequeninas, já o brilho da flor de coco associado a seu tamanho (Chapéu entre 1-9 cm de diâmetro) permite que uma pessoa em uma sala escura leia um jornal tranquilamente!



Abaixo um vídeo Neonothopanus gardneri crescendo:

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