Um animalzinho um tanto folgado!



Anfipodas são pequenos crustáceos sem carapaças e estreitos lateralmente.
  
 

  
Porém, um desses anfípodas, o Pseudamphithoides incurvaria, “não muito conformado por não possuir carapaça”, virou um excelente construtor.

Suas belas carapaças bivalves são construídas com uso de uma alga marrom (Dictyota bartayresii). 

Dictyota bartayresii


Basicamente, ele se posiciona lateralmente a superfície da alga, parecendo verificar o tamanho a ser cortado (A)! Depois, ele recorta com peças bucais uma região circular (B) cobrindo um lado do corpo (C). 


Em seguida, repete o processo para cobrir o outro lado, juntando os círculos com secreções. Finalmente, com a carapaça pronta (D), ele se protege dos predadores!


Muitos talvez estejam se perguntando: Como uma alga protege esse bicho?

Essa alga, não é qualquer alga! Ela é rica em uma substância altamente tóxica (dictiol), por isso os peixes das redondezas evitam tanto a alga como o anfipoda. É tanto que em um experimento onde se retirou a carapaça do anfípoda ou a carapaça foi construída com outra alga (Carapaça artificial), quase 100% deles foram comidos pelos predadores.


Porém, esses bichinhos não satisfeito de usar a alga para proteção, ainda vivem sobre ela e como são resistentes ao dictiol, eles a consomem. Um tanto folgado! 

Para o dia dos amigos...


...Uma seleção de atos caninos que representam o significado da palavra companheirismo.

1) Este cãozinho não abandonou seu amigo ferido na tragédia recente no Japão. Ficou do lado o tempo todo e latiu o protegendo dos intrusos.




Veja o vídeo:

2) O cãozinho Bleik dos extrativistas mortos no Pará não quis sair da varanda desde o dia dos assassinatos (24/05/2011), esperando pelo retorno dos donos há pelo menos 26 dias. Não há informações precisa como está o Bleik atualmente.


3) Este valente cãozinho (Theo) morreu de um ataque cardíaco hora depois de seu dono, um soldado britânico, ter sido atingido e morto no Afeganistão.


4) No começo do ano, as chuvas provocaram inúmeras vítimas no Rio de janeiro. Entre elas, a dona do cãozinho Leão. Este amigo fiel ficou do lado do túmulo da dona o tempo todo.


5) A polícia de Nova York foi resgatar uma cadelinha atropelada, porém se deparou com outro cãozinho tentando proteger a mãe. É isso mesmo! Aparentemente, o filho estava protegendo a mãe, que tinha uma patinha quebrada.


6) Já este outro cãozinho ficou tentando reanimar o amigo atropelado que infelizmente havia morrido.


Leia cada história com mais detalhes:

Desafio biológico II: Descubra o que há em comum


Olhando as fotos dos vegetais abaixo, veja se você consegue adivinhar o que há em comum entre eles.

File:Cauliflower.JPG
Couve-flor


Repolhos

Ficheiro:Broccoli and cross section edit.jpg
Brócolis


Couve manteiga

Não conseguiu? Vou dá uma dica: O que há em comum nos vegetais acima e a mesma resposta para o que há em comum nos animais abaixo:




E ai descobriram? Vamos parar de enrolação e vamos a resposta:


Você deve ter percebido que os animais lá em cima são todos cachorros, certo? Então, são todos da mesma espécie. Da mesma forma que os vegetais lá em cima são a mesma planta: Brassica oleracea!

Muito de vocês podem até está duvidando que repolho e couve-flor são a mesma planta, mas tem uma explicação.

Vamos tentar entender:

Os seres humanos selecionam características que os convém nos animais e plantas. Se o que interessa de uma planta são as folhas, eles selecionaram sempre indivíduos com folhas vistosas e assim por diante.

Este processo (seleção artificial) ao longo de muitas gerações gera indivíduos muitos diferentes do original. Em alguns casos, entra em discussões, se ainda são da mesma espécie.

Vejam mais exemplos abaixo:

Variedades de milhos

Variedades de pimentas
Na imagem só há 5 diferentes plantas do gênero Capsicum
Importante destacar Capsicum annuum que inclui Pimentões e pimentas como jalapenho. 



Pimenta jalapenho (Verde) e pimentão (Vermelho)




E ai queridos leitores, entenderam? alguma dúvida? Comente abaixo...

Parece que temos que agradecer aos parasitas pelo sexo como o conhecemos



Sob um ponto de vista evolutivo, a reprodução sexual sempre deixou os biólogos com os "cabelos em pé", pois por incrível que pareça, a reprodução sexual não é tão vantajosa assim.

A reprodução assexual (Clonal) é "muito mais tentadora", pois há menos gasto energéticos. Neste caso, não há necessidade de perder tempo com sedução, procura de um parceiro, lutar em nome do amor e ainda há a vantagem de não haver risco de contrair uma doença sexualmente transmissível!

E mesmo assim, no meio destas imensas vantagens, a maioria das plantas e animais insistem em fazer sexo. Por que será?


A resposta para esta pergunta parece ser: PARASITAS!

É isso mesmo: Parasitas! Parece que eles criam uma situação favorável para os organismos rearranjarem seus genomas uns com os outros, apesar das desvantagens do sexo.


Estes rearranjos criam descendentes com novas combinações genéticas que podem acarretar em resistências aos parasitas, que também não fogem da briga. Seria uma eterna luta entre o parasita e o hospedeiro!

Apesar dessa hipótese sobre a vantagem da reprodução sexual ser muito bem aceita pela comunidade científica, ainda há poucas evidências experimentais.

Agora, biólogos da Universidade de Indiana usando o nematoda Caenorhabditis elegans e um dos seus parasitas a bactéria Serratia marcescens fizeram um experimento muito elegante que está tentando provar esta hipótese.


O nematoda Caenorhabditis elegans e a bactéria Serratia marcescens na placa de petri

Basicamente, os pesquisadores modificaram geneticamente o nematoda, obtendo dois grupos:

1) Nematodas que se reproduzem sexuadamente.
2) Nematodas que se reproduzem assexualmente.

Os pesquisadores expuseram os dois grupos ao parasita e verificaram que o segundo grupo se extinguiam em poucas gerações e o primeiro permanecia "firme e forte" ao longo de muitas gerações.

Mostrando ai, experimentalmente, uma vantagem para o sexo.


Fungos bioluminescentes



Muitos cogumelos emitem luz, mas o que fazem esses fungos brilharem ou o porquê, ainda é um mistério. 



Sabe-se que a luz é sempre emitida, desde que haja oxigênio e água disponíveis.


Alguns cientistas acreditam que essa luz é produzida da mesma forma que os vaga-lumes, através da reação química entre oxigênio, água e luciferina tendo como catalizador a enzima luciferaseporém luciferase e luciferina ainda não foram identificadas nos fungos.

O vaga-lume Photinus pyralis

Apesar de não haver provas concretas sobre a função do brilho nos fungos, há algumas hipóteses:

- Alertar os predadores, como se o fungo mandasse um aviso: Não se aproxime, sou perigoso! (função aposemática).
- Atrair insetos que ajudam na dispersão dos esporos.
- Atrair predadores que predam inimigos do fungo.
Porém, há uma hipótese que sugere que o brilho seja subproduto de reações químicas sugerindo nenhuma função de valor ecológico.


No mundo há descritas 71 espécies de fungos que brilham. No Brasil, até 2002 só havia uma espécie descrita, hoje já são 12!

A primeira espécie descrita foi em 1840 pelo famoso botânico George Gardner, que ficou interessado pelo objeto brilhante que as crianças da Vila da Natividade (Goiás) brincavam. Desde então, não havia mais relatos científicos sobre esta espécie.

Recentemente, a espécie foi redescoberta para a ciências e reclassificada de Agaricus gardneri para Neonothopanus gardneri, conhecida popularmente como "Flor de coco", pois ela cresce nas folhas mortas da palmeira anã, Pindoba.


Neonothopanus gardneri 

O curioso sobre esta espécie é que ela brilha muito! Há outras espécies que brilham mais, porém são pequeninas, já o brilho da flor de coco associado a seu tamanho (Chapéu entre 1-9 cm de diâmetro) permite que uma pessoa em uma sala escura leia um jornal tranquilamente!



Abaixo um vídeo Neonothopanus gardneri crescendo:

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